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A força do sentido

Ômar Souki

Você tem às vezes a sensação de que não vale a pena viver? Já perdeu o sentido da vida? 700 mil pessoas no mundo, todos os anos, tiram as suas próprias vidas. São 80 pessoas a cada hora que desistem de viver. O que, então, é capaz de—apesar dos pesares—nos manter vivos? São tantas as perdas, as separações, as mortes, os acidentes, as desavenças, as decisões erradas, que, sim, às vezes, temos a tentação de jogar a toalha. O que nos faz, apesar das pancadas, resistir e permanecer no ringue? A fé, a esperança e o amor, que são as potências que dão sentido à vida.

Jesus nos garante que, por meio da fé, tudo nos será possível. “Eu asseguro que, se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada será impossível para vocês” (Mateus 17, 20). São Paulo nos explica que a nossa vida depende de nossa fé: “Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos” (II Coríntios 5, 7).

“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hebreus 11, 6). Uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos, tocou, com fé, na barra da roupa de Jesus e foi curada no mesmo instante. Jesus disse à mulher: “Minha filha, sua fé curou você. Vá em paz” (Lucas 8, 48). Em outra ocasião, trouxeram para ele um paralítico, deitado em uma maca. “Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: ‘Tenha bom ânimo, filho; os seus pecados estão perdoados’” (Mateus 9, 2). E, logo depois, ordenou: “’Levante-se, pegue a sua maca e vá para a sua casa’. O paralítico então se levantou e foi para a sua casa” (Mateus 9, 6-7).

Quanto a esperança—mesmo quando estamos no fundo do poço—podemos esperar por dias melhores. Por maiores que sejam os nossos problemas, Deus é maior. É ele que nos encoraja: “’Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro’” (Jeremias 29, 11). São Pedro nos fala da origem da esperança: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (I Pedro 1, 3). E o salmista aconselha à sua alma: “Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim?
Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus” (Salmos 42, 11).

E o amor. Ah, o amor! O amor a Deus, a nossa esposa, aos nossos filhos, a nossos amigos e à nossa comunidade é a maior fonte de sentido. Podemos até dizer que é o amor que nos sustenta nesta caminhada. Jesus—ao nos ar o mandamento do amor—nos revela que nele está contida a razão do nosso existir: “’Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes” (Marcos 12, 30-31). E São Paulo sintetiza a essência do sentido: “Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor” (I Coríntios 13, 13).

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