PCMG conclui inquérito que apurou crimes em casa de prostituição

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou, nesta quarta-feira (10/4), o inquérito que apurou denúncias de favorecimento de prostituição em uma casa no bairro Cidade Jardim, região Sul de Belo Horizonte. O resultado foi o indiciamento de uma mulher, de 55 anos, por rufianismo, cárcere privado, induzir a prostituição e por manter casa de prostituição, crimes previstos no Código Penal () brasileiro. As denúncias chegaram ao conhecimento da Polícia no dia 13 de fevereiro deste ano, quando a suspeita foi presa em flagrante após ser ouvida na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher (Depam) na capital. A investigação prosseguiu pela Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual (DECVS) com oitivas de vítimas e testemunhas, sendo produzidos demais elementos de prova. Segundo a delegada Larissa Mascotte, responsável pelo inquérito, as vítimas relataram que eram mantidas presas e obrigadas a trabalhar como garotas de programa para pagar estadia e despesas de custeio. “As provas produzidas indicaram que a indiciada estaria explorando o trabalho de diversas mulheres como prostitutas, impedindo-as de sair da casa de prostituição a qual a investigada seria a proprietária”, informou.
Ainda, de acordo com a delegada, as vítimas alegaram que viviam na casa de prostituição há quatro meses em regime de privação de liberdade, com alimentação limitada e vestuário escasso, e que 60% do salário que elas ganhavam com a prostituição eram retidos.
“A suspeita detinha percepção dos lucros auferidos da atividade sexual realizada pelas vítimas, mediante ameaça, violência, coação ou tolhimento da liberdade sexual, incorrendo assim, também nas iras do artigo 330 do (rufianismo)”, contou Larissa, acrescentando que uma das vítimas relatou a autorização que os clientes tinham de usar a força física nos programas sexuais.
Na data dos fatos, foram apreendidos recibos de pagamentos com os nomes de diversas mulheres (alguns com descrição de tempo e valores), o celular da investigada, um aparelho de gravação de imagens e dinheiro.
Com a investigação concluída, o procedimento foi encaminhado à Justiça.
Fonte: PCMG
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