Necropsia consta 12 orifícios no corpo de mulher que morreu após procedimento estético

Foi constato ainda grande quantidade de sangue no tecido subcutâneo. Paciente precisou receber bolsas de sangue e plaqueta no hospital
Por Carina Lelles
Na tarde desta terça-feira (09) a Polícia Civil de Divinópolis realizou uma coletiva de imprensa onde foi detalhado o início das investigações do caso da morte de Íris Dorotea Nascimento Martins, de 46 anos, que ou mal e teve uma parada cardiorrespiratória durante um procedimento estético em uma clínica no Centro de Divinópolis.
Durante a coletiva, o médico legista, Dr. Lucas Henrique Oliveira Amaral, informou que, durante a necropsia realizada no corpo da vítima foram constadas 10 perfurações na região abdominal e duas nos glúteos. “São orifícios compatíveis com lipoaspiração, lipoescultura ou lipoenxertia. A gente pôde constatar que no tecido subcutâneo havia uma concentração de sangue significativo”.
Dr. Lucas ainda relatou que a vítima deu entrada no Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD) com “a pele hipocorada, sugestiva de uma anemia ou uma perda de sangue significativa. Ela recebeu duas bolsas de sangue e de plasma”.
“Esse tipo de cirurgia deve ser realizada por um médico especialista com o apoio de um anestesiologista, além de ser realizada em um local que tenha equipamentos para quaisquer tipos de intercorrência como uma semi UTI”.
Ainda durante a coletiva, concedida também pelos delegados Flávio Tadeu Destro, Cleovaldo Marcos Pereira e Marcelo Nunes Júnior; a Perita Criminal Paula Lamounier e o investigador de polícia Sebastião Rocha Filho, o médico legista informou que o procedimento realizado em Íris foi de médio a grande porte e que não deveria ter sido realizado em uma clínica comum e muito menos por um profissional biomédico.