Preço de cesta básica em Divinópolis tem alta de 7,98% em comparação ao mês anterior

Em outubro de 2024, o custo médio da cesta básica de alimentos em Divinópolis foi de R$602,98 (seiscentos e dois reais e noventa e oito centavos). Uma alta de 7,98% em relação a setembro, quando o custo foi de R$ 558,44 (quinhentos e cinquenta e oito reais e quarenta e quatro centavos). A comparação dos valores da cesta, entre outubro de 2023 e outubro de 2024, mostra uma alta de 11,4%. Já na comparação de 12 meses, ou seja, entre novembro de 2023 e outubro de 2024, o custo da cesta básica apresentou alta de 8,4%. Foi o que apontou a pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico-sociais (NEPES), da Faculdade Una Divinópolis, integrante do Ecossistema Ânima.
No mês de outubro de 2024 foi observada uma elevação de 15,38% no preço médio do quilo da carne bovina de primeira em relação a setembro. “As estiagens e as queimadas prejudicaram o pasto. Os bois em confinamento não foram suficientes para manter o nível de oferta e os preços no varejo aumentaram” explicou o coordenador do NEPES, professor Wagner Almeida.
Em outubro, a pesquisa também captou elevação no preço do tomate (48,82%). “O calor dos meses anteriores acelerou a maturação do tomate e, assim, o mercado esteve abastecido e com valores menores. Em outubro, a oferta diminuiu, por causa do término da safra de inverno, o que resultou em aumento do preço no varejo” acrescentou Wagner.
Outras altas observadas foram no preço da banana (17,35%) e do óleo de soja (16,56%). Para este último, o aumento da demanda por óleo bruto manteve elevado o volume exportado e, apesar das expectativas positivas em relação à produção de soja no país, no varejo, o preço do óleo seguiu em alta. Por outro lado, houve redução no preço da manteiga (-17,95%), batata (-16,24%) e feijão (-7,0%).
Sobre a pesquisa
A pesquisa constante desta edição foi realizada entre os dias 24 e 30 de outubro/2024 com o levantamento de preços em 07 supermercados do município de Divinópolis, os quais possuem em sua estrutura açougue, padaria e hortifruti. Esta cesta, chamada Cesta Básica de Alimentos, composta por 13 produtos alimentícios, seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta, durante um mês, contendo quantidades balanceadas de todos os nutrientes necessários à manutenção da saúde.
Em outubro de 2024, o trabalhador que recebe salário mínimo comprometeu em média 46,2% do seu rendimento líquido, isto é, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, para adquirir os produtos da cesta básica. Esse percentual representa uma piora em relação ao mês anterior, onde 42,8% da renda foi utilizada.