Política

Deputado Domingos Sávio critica exclusão da medicina veterinária das novas regras do MEC

Uma nova regulamentação do Ministério da Educação (MEC), publicada recentemente, estabeleceu mudanças importantes nas diretrizes do ensino à distância (EaD) no Brasil. A medida determinou que os cursos de Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia devem ser ofertados exclusivamente na modalidade presencial, em reconhecimento à necessidade de formação prática e ao contato direto com pacientes e ambientes profissionais. No entanto, para surpresa e preocupação de profissionais da área, o curso de Medicina Veterinária ficou de fora da nova regulamentação, permanecendo liberado para ser oferecido parcialmente ou integralmente à distância. O deputado federal Domingos Sávio (PL-MG), que é médico veterinário formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se manifestou com veemência contra a exclusão do curso de Medicina Veterinária da lista de graduações que devem ser presenciais. Para o parlamentar, a decisão do MEC é incoerente e coloca em risco a formação de profissionais que lidam diretamente com a saúde animal, a saúde pública e a segurança alimentar. “A exclusão da Medicina Veterinária dessa regulamentação é um erro grave. A formação de um médico veterinário exige, obrigatoriamente, aulas práticas, vivência de campo, laboratórios e contato com os animais. Ensinar isso por uma tela de computador é desrespeitar a profissão e comprometer a qualidade do serviço prestado à sociedade”, criticou Domingos Sávio. O deputado tem mantido um diálogo constante com entidades de classe, como o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e conselhos regionais, além de associações e universidades. Segundo ele, há um consenso entre especialistas e profissionais da área de que o curso deve ser 100% presencial, assim como os demais cursos da área da saúde. “Não se pode tratar com seriedade a formação de um médico veterinário e, ao mesmo tempo, permitir que essa formação ocorra à distância. Estamos lidando com zoonoses, com inspeção de alimentos, com o cuidado direto com animais e até com impactos na saúde humana. A Medicina Veterinária não é menos importante que a Medicina, e não pode ser tratada de forma diferente”, afirmou. Domingos Sávio também alerta que essa brecha na regulamentação favorece interesses meramente comerciais de instituições privadas de ensino que buscam ampliar lucros em detrimento da qualidade da educação. Ele reforça que continuará trabalhando no Congresso Nacional para mudar essa realidade. “Essa luta é em defesa da valorização da nossa profissão e da segurança da sociedade. Como deputado federal e médico veterinário, estou empenhado em derrubar qualquer brecha que permita o ensino remoto em uma formação que deve ser, por princípio, prática e presencial. É isso que a responsabilidade exige de nós”, declarou. Além de defender mudanças na regulamentação do MEC, o parlamentar também atua contra projetos de lei que tentam flexibilizar a obrigatoriedade de aulas presenciais nos cursos de Medicina Veterinária. Ele já se posicionou publicamente contra essas propostas e garantiu que votará contra qualquer tentativa de avanço dessas iniciativas na Câmara dos Deputados. “Seguiremos mobilizados, dialogando com as entidades da classe veterinária e com a sociedade civil. Não podemos permitir retrocessos que coloquem em risco a formação dos nossos profissionais e, principalmente, a saúde animal e humana. A Medicina Veterinária lida diretamente com vigilância sanitária, saúde humana e cuidado animal”, concluiu Domingos Sávio.

Leia mais

Botão Voltar ao topo

Bloqueador de Anúncio Detectado

Nosso conteúdo é gratuito e o faturamento do nosso portal é proveniente de anúncios. Desabilite o seu bloqueador de anúncios para ter o ao conteúdo do Portal G37.