Minas Gerais

DOCUMENTO SOLICITA O REGISTRO E TOMBAMENTO DO SETENÁRIO DAS DORES DE MARIA COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DE PITANGUI

     Esta semana Pitangui celebra o Setenário das Dores de Maria – celebração religiosa que movimenta os fiéis católicos da cidade neste período que antecede à Semana Santa. A celebração do Setenário das Dores de Maria tem origem no município no século XVIII e é realizada na centenária Capela de São Francisco.

        Por entender o seu valor religioso, histórico e como manifestação cultural típica do município, a prefeita Maria Lúcia Cardoso, durante a celebração do Setenário, fará a entrega ao pároco Alex Cristiano dos Santos – responsável pela Paróquia de Nossa do Pilar – do documento encaminhado ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de Pitangui no qual a prefeita solicita, ao Conselho, o registro e posterior tombamento do Setenário das Dores como Patrimônio Imaterial de Pitangui

       No documento, encaminhado ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de Pitangui, a Prefeita justifica a solicitação, afirmando que o pedido se dá pelo reconhecimento histórico, cultural e religioso da celebração do Setenário das Dores de Maria.

      “Trata-se de uma celebração singular em nossa região e que vem sendo preservada e praticada pelos fiéis católicos de Pitangui, sendo necessário, e glorioso, protegê-la e torná-la viva para as gerações vindouras”, acentua Maria Lúcia Cardoso no documento encaminhado ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de Pitangui.

             Setenário

        Durante sete dias, medita-se sobre as sete dores que trasam o coração de Nossa Senhora como espadas. A cada dia, compara-se a dor de Maria com a de mães que também perderam filhos para as drogas ou por morte precoce, rezando-se também em sua intenção. De acordo com a Secretária de Turismo, Cultura e Patrimônio Histórico de Pitangui, Maria José Valério, o rito começa com a Capela de São Francisco na penumbra e a execução da Marcha Fúnebre, composta pelo maestro pitanguiense Quito Nunes. Acendem-se poucas luzes e o celebrante procede ao Ofício de Nossa Senhora, com a entrada de anjos, portando a espada que, naquele dia, trasará o coração de Nossa Senhora.

          O momento mais importante é a bênção do Santíssimo, com todas as luzes acesas. Terminada a cerimônia, apagam-se novamente as luzes, a Banda de Música José Viriato Bahia Mascarenhas toca a Marcha Fúnebre e os fiéis saem em silêncio – completa a Secretária. O Setenário teve início no dia 17 de março, quando se iniciou a Semana das Dores, e termina no sábado anterior ao Domingo de Ramos, início da Semana Santa.

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