Mulher é detida por homofobia após confusão em lotérica de Divinópolis
Cliente afirma ter sido insultado com gesto obsceno e xingamento; funcionária nega e diz ter sido ofendida.

Uma funcionária de uma casa lotérica foi presa nesta quarta-feira (23) em Divinópolis, suspeita de cometer crime de homofobia durante um desentendimento com um cliente. A Polícia Militar foi acionada e levou os envolvidos para prestar esclarecimentos na delegacia.
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima, um homem de 33 anos, contou que foi ao local para realizar um depósito e apresentou os dados da conta pelo celular. Como não sabia o número de cabeça, ou o aplicativo do banco e entregou o aparelho à atendente, de 49 anos, para conferência das informações.
O homem relatou que, ao entregar o celular, ouviu da funcionária que “não era obrigada a enxergar números tão pequenos”. Em seguida, ela teria reado o aparelho para uma colega, que concluiu o atendimento. No final da operação, insatisfeito com o tratamento, o cliente afirmou ter dito à funcionária que ela era “mal-amada” e deixou o local.
Ao sair, ele alega ter visto a funcionária fazer gestos obscenos e o chamar de “bichona”, o que motivou a denúncia por homofobia.
Já a funcionária relatou à PM que o cliente levou os dados bancários no celular, mas que a visualização estava difícil por conta do tamanho da fonte. Por isso, teria orientado que ele fizesse uma captura de tela (print) para facilitar o procedimento. Ela alegou que, a partir daí, foi ofendida pelo cliente com palavras como “burra” e “mal-amada”. A mulher negou as acusações de homofobia.
A funcionária foi detida e conduzida à delegacia, onde o caso será investigado pela Polícia Civil. A identidade dos envolvidos não foi divulgada.
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